Mas mais uma vez não deu certo.
Tive consulta com a médica de família, perguntei se era possível passar-me para as consultas de (in)fertilidade para o hospital.
À qual ela me respondeu que não, ou seja, poder podia, mas com certeza seria rejeitada.
Razões que me deu:
- Não tenho problemas em engravidar
- Só (?!!!!!) tive 2 abortos, e um deles não foi declarado no hospital (só a partir do terceiro é que analisam)
Ou seja, não existe razão nenhuma para me enviar para uma consulta dessas.
Podia sim, enviar-me para uma consulta de ginecologia e depois de estar lá dentro, provavelmente se faria o processo todo, mas como a saúde pública no nosso país é um espectáculo, o Hospital de Guimarães tem uma lista de espera de 3 anos, no mínimo.
Fantástico, tenho 27 anos, com sorte serei mãe aos 40.
Tudo o que quiser fazer, terá que ser pelo privado, mesmo tendo seguro de saúde (Multicare) não é comparticipado.
São análises caras, neste momento não dá para isso.
Um absurdo, se quisesse abortar, tinha 1001 ajudas do estado e não pagava um tostão.
Não consigo compreender este assunto, a sério que não, não me entra na cabeça.
E vim de lá, uma vez mais, frustrada, triste.....
Enfim, acho que vou tentar engravidar novamente, e se sofrer um outro aborto, já me podem mandar para as consultas do hospital, e já agora que me mandem directamente para uma ala de doentes mentais. Já que o Estado deve pensar que por se ter um aborto que não há sofrimentos.
Pois eu digo, poucas semanas tive na minha barriga, mas eram meus, e já havia um amor enorme....
Uma felicidade cortada à faca...
Mas não é assim que essas entidades devem pensar, deve ser mais: Perdeu? Não faz mal, depois faz outro....
Incompreensão, dor e sobretudo, revolta....
Hasta